*Osvaldo Luiz Silva
O tema da Campanha da Fraternidade deste ano é “Escolhe, pois, a vida”. Na verdade, trata-se de um apelo que a Igreja faz a cada um de nós. Durante toda nossa vida, nos deparamos com a necessidade de optar entre dois caminhos. Somos obrigados a fazer escolhas, precisando de muito senso de direção e discernimento.
As escolhas não são fáceis. As cartas estão embaralhadas. Há muita mentira travestida de incrível beleza e cor. E há muita verdade mofada, escondida. As coisas não são o que aparentam ser, o que acaba exigindo muito mais conhecimento do que simplesmente saber separar o joio do trigo.
Quando o assunto é a defesa da vida, essa confusão fica evidente. Basta recordarmos o episódio em que o Congresso Nacional tinha de se posicionar sobre as pesquisas com células-tronco embrionárias. Em cada lado da questão havia um grupo ostentando a bandeira em defesa da vida. Quem se mostrou contrário, acabou com a imagem de insensível perante tantos doentes.
Na discussão sobre o aborto, vem acontecendo a mesma situação. Aqueles que apóiam a prática se revelam como defensores dos direitos das mulheres, preocupados com sua saúde e com a situação de miséria em que muitas se encontram. O foco vai sendo redirecionado do ser indefeso, ainda escondido no ventre materno, para se concentrar nos ‘direitos’ das mulheres.
O apelo da campanha deste ano exige uma prévia formação de nossas comunidades, de nossos cristãos. Se não estivermos preparados, devidamente conscientizados, poderemos ser enganados na hora de exercer nosso livre-arbítrio. A maioria não escolhe deliberadamente o mal. Escolhe o que aparenta ser melhor. Só mais adiante, quando o resultado da escolha malfeita começa a aparecer, é que percebe o quanto se desviou do caminho certo. Quando há vidas em jogo, nem sempre é possível retornar sem sofrimentos e marcas profundas.
Que essa Campanha da Fraternidade jogue luz em nossas realidades e nos ajude a enxergar a questão do aborto com todos os detalhes e implicações. Precisamos aprender a fazer escolhas acertadas e, mais ainda, identificar as máscaras do mal.
*Osvaldo Luiz Silva é editor-chefe do departamento de jornalismo da TV Canção Nova (www.cancaonova.com)
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