A Conferência Nacional de Juventude teve início ontem, domingo (27/4), no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade. Após quase oito meses de intensos debates, o encontro reúne 2.280 delegados que até quarta-feira (30/4) estarão discutindo as propostas apresentadas nas etapas preparatórias. A abertura contou com a presença de várias autoridades, a exemplo do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, e da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que destacaram positivamente a mobilização do processo, que envolveu mais de 406 mil pessoas em todo o Brasil.
Para o ministro Luiz Dulci, esse número demonstra a participação efetiva da juventude na vida política do país: "Isso mostra que a juventude brasileira de hoje é tão ou mais participativa do que em outros momentos". O ministro criticou a idéia muitas vezes difundida de que os jovens atuais seriam menos politizados, defendendo que há, sim, um novo tipo de mobilização que deve ser valorizado. Segundo ele, os jovens estão dando respostas para problemas novos, numa participação mais abrangente e diversificada.
Já a ministra Marina Silva destacou que essa participação é fundamental para que a sociedade exerça o controle sobre as políticas públicas. De acordo com a ministra é importante criar espaços para um debate aberto, que permita às pessoas não apenas legitimar, mas também aprimorar essas políticas.
Para o presidente do Conselho Nacional de Juventude, Danilo Moreira, além do exercício do direito à participação, a Conferência tem como mérito elevar o patamar do tema na sociedade: "Para completarmos as conquistas desse processo, temos que sair não só com propostas, mas com uma agenda política que balize as lutas dos movimentos e organizações juvenis em busca de seus direitos e da construção da democracia plena".
Painel sobre juventude
Após a abertura foi realizado um painel de contextualização, para mostrar aos participantes como o tema vem sendo tratado no Brasil. Na opinião de Beto Cury, secretário nacional de Juventude, nos últimos três anos o país avançou muito nas políticas públicas de juventude com a criação da Secretaria e do Conselho Nacional de Juventude, embora haja um longo caminho a ser percorrido. Segundo o secretário, o grande desafio é consolidar essa política como uma política de Estado, que prevaleça independente de quem esteja no governo. Para isso, a Secretaria Nacional de Juventude está atuando com três diretrizes fundamentais: o fortalecimento institucional, com a constituição de um marco legal para o tema; a inclusão social por meio da integração dos programas federais voltados para o público juvenil e o incentivo cada vez maior à participação social, a partir do fortalecimento do Conjuve e da realização de conferências como a que está sendo realizada agora.
A pesquisadora Regina Novaes reforça a importância do tema, ressaltando que a juventude deve ser olhada com muita atenção, já que é um dos segmentos que mais sofre com os efeitos da desigualdade no país.
Secretaria-Geral da Presidência da República
(61) 3411.1407
www.juventude.gov.br
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