Projeto traz cantoras importantes da música latino-americana; no dia 15, é a vez da brasileira Ceumar e da peruana Susana Baca
Durante este mês, o projeto Mulheres do Sol, do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), traça um mapeamento musical da América do Sul através de suas mais representativas vozes femininas, reunindo cantoras de diferentes partes deste continente.
Durante este mês, o projeto Mulheres do Sol, do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), traça um mapeamento musical da América do Sul através de suas mais representativas vozes femininas, reunindo cantoras de diferentes partes deste continente.
No dia 15, as atrações são a brasileira Ceumar e a peruana Susana Baca. Toda terça-feira, até dia 29, duas artistas – uma brasileira e outra de algum país vizinho – apresentam um repertório influenciado pelo cancioneiro popular de sua região de origem. No final do espetáculo, ambas sobem ao palco para uma apresentação especial.
Os shows são realizados em dois horários: às 13h e às 19h30. Mineira de Itanhandu, a cantora Ceumar cresceu com a música impregnada no dia-a-dia de sua casa, graças ao pai cantor na juventude, à mãe sempre ao pé do ouvido do rádio, às aulas de piano e teoria musical na infância. Acabou criando uma carreira consolidada, influenciada por música brasileira. Aos 16 anos, Ceumar começou a dedilhar o violão.
Aos 18, foi para Belo Horizonte estudar na Fundação de Educação Artística, onde estudou violão clássico e canto. Em 1995, resolveu mudar-se para São Paulo. Ganhou uma música de Zeca Baleiro, chamada Dindinha, que, mais tarde, deu nome a seu CD de estréia, em 2000, com produção do próprio Zeca. Já a cantora e compositora Susana Baca transita pela música mundial, tendo como ponto de partida a canção tradicional peruana.
Não à toa, já foi apontada como uma das divas da world music. Ela já desenvolveu e apresentou diversos programas musicais, que vão desde a canção negra tradicional da costa do Peru até a interpretação de autores peruanos e latino-americanos. Realizou turnês pela Europa, rodando países como Alemanha, Holanda e Noruega, além de Estados Unidos, Canadá, Marrocos e África do Sul. Participou do filme Cuestion de Fé, uma produção boliviana na qual interpretou o tema central, e realizou vários documentários e curtas, como Susana Baca Memória Viva.
Mulheres do Sol estreou no dia 1.º de abril, com as apresentações da brasileira Kátya Teixeira e da uruguaia Mariela Acevedo. No dia 8, foi a vez da dobradinha Carmen Queiroz, do Brasil, e Adriana Varela, da Argentina. As convidadas do dia 22 serão as brazucas Ully Costa e Sandália de Prata, e a colombiana Totó La Momposina. Liderada por Ully, a Sandália de Prata ficou conhecida por resgatar um repertório dançante, que bebe na fonte do samba tradicional e da gafieira. Outra atração, Totó é considerada uma das representantes autênticas da música tradicional colombiana e a ela foi concedido o mérito de recuperar a gaita como instrumento musical.
Encerrando a programação, no dia 29, sobem ao palco do CCBB Miriam Mirah e Isabel Parra. A brasileira Miriam é um caldeirão de referências: irmã de uma cantora de bossa nova, sobrinha de tios seresteiros, fascinada pelos maiores compositores de MPB. Depois veio a descoberta das canções latino-americanas e a atuação junto a nomes como Mercedes Sosa e a própria Isabel Parra. Filha de uma renomada folclorista, Violeta Parra, a chilena Isabel é uma famosa cantora e compositora de músicas folclóricas da América Latina.
“Nossos vizinhos são tão próximos e, ao mesmo tempo, tão distantes, porque pouco se divulga sobre sua cultura, quase nada ficamos sabendo sobre eles”, diz Marinéa Mochizuki, uma das curadoras do projeto Mulheres do Sol. “Comovida, agradeço ao CCBB a oportunidade de realizar um sonho: unir as belas vozes femininas latino-americanas numa homenagem às Sacerdotisas do Sol.”
Serviço: Mulheres do Sol
Data: 01 a 29 de abril
Terças-feiras - 13h e 19h30
Local: Teatro - Rua Álvares Penteado, 112 - Centro - São Paulo Ingressos: R$ 6,00 e R$ 3,00 (meia-entrada)
Informações: (11) 3113-3651 / 3113-3652 - ww.bb.com.br/cultura
Horário de funcionamento da bilheteria: das 09h às 20h
Acesso e facilidades para pessoas com deficiência física // Ar-condicionado // Loja Opções de estacionamentos particulares nas ruas Boa Vista, Senador Feijó e Libero Badaró.
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