Com atrações para todos os gostos, mais palcos 24 horas e total diversidade, a quarta edição da Virada Cultural transformou o centro de São Paulo num alegre e movimentado boulevard. A Polícia Militar mobilizou mais de 3 mil de policiais especialmente para o evento, mas a festa aconteceu com absoluta tranqüilidade. Os palcos da Avenida São João, o Boteco de Bambas, no Largo Santa Ifigênia e o Rock República foram os mais animados.
Difícil mesmo foi escolher entre mais de 800 atrações espalhadas pelo Centro, pelos CEUs, pelas unidades do SESC e museus. Do jazz à Música Popular Brasileira, passando pelo hip hop, rock, as maiores jam sessions e rodas de samba do mundo. Não faltaram boas opções para cerca de 4 milhões de pessoas que curtiram a quarta edição da Virada Cultural neste fim de semana. Os palcos mais animados foram os da Avenida São João, o Boteco dos Bambas, no Largo Santa Ifigênia, e o Rock República. Na abertura, no palco São João, a cantora cabo-verdiana Cesária Évora cantou o Brasil e manifestou a alegria de abrir uma festa no País que sonhou conhecer desde a infância.
A reedição dos discos clássicos no Teatro Municipal ganhou força na Virada Cultural 2008. Nesta manhã de domingo, mais de 500 pessoas aguardavam o show “Vibrações de Jacob do Bandolim”, de Hamilton de Holanda e Danilo Brito, uma hora antes do início. Os ingressos se esgotaram em todos espetáculos (1600 lugares). Quem não conseguiu entrar pôde acompanhar as apresentações pelo telão instalado na Praça Ramos de Azevedo.
A apresentação da trupe Teatro Mágico, que mistura música, poesia, teatro e circo, empolgou as pessoas que compareceram ao palco São João, instalado no cruzamento da avenida São João com a rua Aurora. O público conhecia as letras e todos cantavam junto as músicas, surpreendendo os componentes do grupo. Na madrugada, o show mais animado foi o de Zé Ramalho.
O som não parou de rolar na Pista da XV de Novembro. Das 18 horas de sábado até às 9 horas deste domingo, milhares de pessoas dançaram ao som dos DJs Maxwell, Dabolina, Dee´Jump. O ponto alto foi a apresentação do DJ Mau Mau.
No Baile do Arouche, pessoas de todas as idades acompanharam os shows, com destaque para Maria Alcina, que interpretou seu disco de 1974, e o cantor de boleros Roberto Luna. Gal Costa cantou a Cidade com músicas em homenagem a São Paulo, como “Trem das Onze”, de Adoniran Barbosa, e “Sampa”, de Caetano Veloso, muito aplaudida pelo público do palco São João.
O grupo francês Générik Vapeur, especializado em teatro de rua, monopolizou as atenções de centenas de pessoas em um cortejo que passou pelas escadarias do Teatro Municipal e pela frente do Shopping Light. Pintados de azul e comendo alface, os atores tocavam tambores e foram seguidos pela multidão entusiasmada.
As performances de rua não pararam durante toda a madrugada,contagiando o público. Palhaços, malabaristas, estátuas vivas, guindastes com acrobatas suspensos, bloco de músicos e dançarinos de maracatu.
Amilton Godoy, Osvaldinho do Acordeon, Heraldo do Monte, Hector Costita foram alguns dos músicos que participaram das Jam Sessions no Palco Instrumental Brasileiro, no Boulevard São João.
Nas primeiras doze horas de Virada Cultural, muitos passaram pela experiência inusitada de participar de uma balada silenciosa. Cada participante do projeto holandês Silent Disco recebeu um fone de ouvido e dançou ao som do DJ por cerca de uma hora. Durante toda a madrugada a fila engordava na busca por um dos 500 fones de ouvido disponíveis para o público.
Tom Zé lotou o jardim da Casa das Rosas. Quem não conseguiu um lugar mais perto, assistiu ao show das janelas e varandas do casarão da Avenida Paulista. A Casa da Rosas ofereceu um café da manhã aos 200 visitantes que fizeram fila às 5h30 para retirar a senha. No SESC Pompéia o público também participou de um café da manhã.
O Museu da Língua Portuguesa, que aderiu à Virada Cultural com uma homenagem ao Centenário da Imigração Japonesa, comemorou o sucesso já no primeiro dia: cerca de 4 mil pessoas participaram de atrações como a Oficina de Origami, a apresentação de Taikô e o Festival de Sushis.
A Cia. Nova Dança 4 apresentou, às 20h, a Intervenção Antropofágica no espaço punk da exposição Vida Louca Vida Intensa – Uma Viagem pela Contracultura. A exposição ficará aberta durante a Virada e quem estiver no SESC Pompéia poderá assistir a mostra de cinema que integra o evento.
Outro grande momento foi o público aplaudindo de pé o espetáculo de dança do Corpo de Baile do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, no Palco da Dança, no Vale do Anhangabaú, com a participação de Ana Botafogo. O famoso balé “Giselle” conquistou e emocionou toda a platéia.
Vários atores do grupo Ares Atelier de Performance escalaram a fachada do Shopping Light, no Viaduto do Chá, com muita música e iluminação cenográfica, utilizando cordas para fazer a escalada do prédio, considerado um dos mais belos da região central da cidade.
O Palco das Meninas, na Avenida Ipiranga, ganhou a cumplicidade do público desde o primeiro show, com a jovem cantora Mariana Aydar, uma das revelações da cena musical paulista.
Depoimentos
O governador José Serra marcou sua passagem pela madrugada na Virada Cultural com um enorme sorriso de orgulho, afinal foi ele o criador do evento: “Tenho muita satisfação porque a Virada provou que era realmente uma necessidade. Um governante põe em prática muitas vezes idéias que vêm de assessores, mas a Virada foi uma idéia minha que o Carlos Augusto Calil batizou com esse nome e ajudou a viabilizar. E o melhor é que a população, desde a primeira edição, acolheu, apoiou e tomou conta da Cidade de uma forma alegre, inteligente e através da cultura em diferentes manifestações artísticas”.
O prefeito Gilberto Kassab era um dos mais animados na madrugada. Sorridente, acenando para as pessoas, contou que mais uma vez as suas expectativas foram superadas: “A Virada se transformou em um grande evento da cultura brasileira. Milhares de brasileiros de várias regiões do País acompanham a nossa Virada fazendo com que São Paulo tenha no turismo um dos principais setores para o seu desenvolvimento”.
Carlos Augusto Calil, secretário municipal de Cultura, disse que nesta edição a Virada se consolida mais uma vez como a grande festa da Cidade. “É exatamente isso que nós queremos, fazer com que as pessoas sintam-se bem caminhando pelo Centro, conhecendo e reconhecendo a cidade de São Paulo”.
“A Virada Cultural é o nosso grande evento. Não há em nenhum lugar do mundo uma manifestação cultural com tamanha dimensão e diversidade”, afirma Caio Luiz de Carvalho, presidente da São Paulo Turismo (SPTuris), empresa de promoção turística e de eventos da cidade. Segundo ele, com o amadurecimento atingido nesta quarta edição, a Virada também se consolidou definitivamente como produto turístico.
Caio Carvalho lembra que um grupo de 120 operadores e agentes de viagens do Brasil e da América Latina participou do evento visando investir ainda mais na promoção e venda de pacotes. “A Virada representa muito bem o posicionamento de São Paulo no Brasil e no Exterior como o grande pólo cultural da América Latina, além de reforçar o estilo diverso de uma cidade que pulsa 24 horas por dia”.
José Mauro Gnaspini, coordenador de programação da Virada, comemorou o sucesso das novidades desta edição: “Está sensacional, mesmo nos locais onde não funcionavam palcos ou atrações programadas havia pessoas caminhando, sentadas em bares ou restaurantes. Fechamos o Centro, tiramos os automóveis e a Cidade voltou a ser como era. As pessoas redescobriram o Centro, que virou um grande boulevard. A localização dos palcos foi ideal, facilitou a circulação, todos os locais estavam cheios, mas sem aglomeração. Até eu me surpreendi, nunca pensei que coubesse tanta gente na Praça da República. O show do Paul Di’Anno, por exemplo, estava totalmente lotado”.
O diretor regional do SESC São Paulo, Danilo Santos de Miranda, observou que “o paulistano se faz presente nos mais diversos espaços culturais quando tem as condições para isso, tais como transporte, segurança e uma programação de qualidade à sua disposição. Mais uma vez, a Cultura demonstra sua força como agente motivador da participação social, da economia e da educação para a cidadania. A rede SESC integrou-se plenamente neste espírito, atraindo um publico de 55 mil pessoas até as 10 horas da manhã de domingo”.
Maria Fernanda Rodrigues, Luciana Rodrigues e Leonardo Neto
Lu Fernandes Escritório de Comunicação
Difícil mesmo foi escolher entre mais de 800 atrações espalhadas pelo Centro, pelos CEUs, pelas unidades do SESC e museus. Do jazz à Música Popular Brasileira, passando pelo hip hop, rock, as maiores jam sessions e rodas de samba do mundo. Não faltaram boas opções para cerca de 4 milhões de pessoas que curtiram a quarta edição da Virada Cultural neste fim de semana. Os palcos mais animados foram os da Avenida São João, o Boteco dos Bambas, no Largo Santa Ifigênia, e o Rock República. Na abertura, no palco São João, a cantora cabo-verdiana Cesária Évora cantou o Brasil e manifestou a alegria de abrir uma festa no País que sonhou conhecer desde a infância.
A reedição dos discos clássicos no Teatro Municipal ganhou força na Virada Cultural 2008. Nesta manhã de domingo, mais de 500 pessoas aguardavam o show “Vibrações de Jacob do Bandolim”, de Hamilton de Holanda e Danilo Brito, uma hora antes do início. Os ingressos se esgotaram em todos espetáculos (1600 lugares). Quem não conseguiu entrar pôde acompanhar as apresentações pelo telão instalado na Praça Ramos de Azevedo.
A apresentação da trupe Teatro Mágico, que mistura música, poesia, teatro e circo, empolgou as pessoas que compareceram ao palco São João, instalado no cruzamento da avenida São João com a rua Aurora. O público conhecia as letras e todos cantavam junto as músicas, surpreendendo os componentes do grupo. Na madrugada, o show mais animado foi o de Zé Ramalho.
O som não parou de rolar na Pista da XV de Novembro. Das 18 horas de sábado até às 9 horas deste domingo, milhares de pessoas dançaram ao som dos DJs Maxwell, Dabolina, Dee´Jump. O ponto alto foi a apresentação do DJ Mau Mau.
No Baile do Arouche, pessoas de todas as idades acompanharam os shows, com destaque para Maria Alcina, que interpretou seu disco de 1974, e o cantor de boleros Roberto Luna. Gal Costa cantou a Cidade com músicas em homenagem a São Paulo, como “Trem das Onze”, de Adoniran Barbosa, e “Sampa”, de Caetano Veloso, muito aplaudida pelo público do palco São João.
O grupo francês Générik Vapeur, especializado em teatro de rua, monopolizou as atenções de centenas de pessoas em um cortejo que passou pelas escadarias do Teatro Municipal e pela frente do Shopping Light. Pintados de azul e comendo alface, os atores tocavam tambores e foram seguidos pela multidão entusiasmada.
As performances de rua não pararam durante toda a madrugada,contagiando o público. Palhaços, malabaristas, estátuas vivas, guindastes com acrobatas suspensos, bloco de músicos e dançarinos de maracatu.
Amilton Godoy, Osvaldinho do Acordeon, Heraldo do Monte, Hector Costita foram alguns dos músicos que participaram das Jam Sessions no Palco Instrumental Brasileiro, no Boulevard São João.
Nas primeiras doze horas de Virada Cultural, muitos passaram pela experiência inusitada de participar de uma balada silenciosa. Cada participante do projeto holandês Silent Disco recebeu um fone de ouvido e dançou ao som do DJ por cerca de uma hora. Durante toda a madrugada a fila engordava na busca por um dos 500 fones de ouvido disponíveis para o público.
Tom Zé lotou o jardim da Casa das Rosas. Quem não conseguiu um lugar mais perto, assistiu ao show das janelas e varandas do casarão da Avenida Paulista. A Casa da Rosas ofereceu um café da manhã aos 200 visitantes que fizeram fila às 5h30 para retirar a senha. No SESC Pompéia o público também participou de um café da manhã.
O Museu da Língua Portuguesa, que aderiu à Virada Cultural com uma homenagem ao Centenário da Imigração Japonesa, comemorou o sucesso já no primeiro dia: cerca de 4 mil pessoas participaram de atrações como a Oficina de Origami, a apresentação de Taikô e o Festival de Sushis.
A Cia. Nova Dança 4 apresentou, às 20h, a Intervenção Antropofágica no espaço punk da exposição Vida Louca Vida Intensa – Uma Viagem pela Contracultura. A exposição ficará aberta durante a Virada e quem estiver no SESC Pompéia poderá assistir a mostra de cinema que integra o evento.
Outro grande momento foi o público aplaudindo de pé o espetáculo de dança do Corpo de Baile do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, no Palco da Dança, no Vale do Anhangabaú, com a participação de Ana Botafogo. O famoso balé “Giselle” conquistou e emocionou toda a platéia.
Vários atores do grupo Ares Atelier de Performance escalaram a fachada do Shopping Light, no Viaduto do Chá, com muita música e iluminação cenográfica, utilizando cordas para fazer a escalada do prédio, considerado um dos mais belos da região central da cidade.
O Palco das Meninas, na Avenida Ipiranga, ganhou a cumplicidade do público desde o primeiro show, com a jovem cantora Mariana Aydar, uma das revelações da cena musical paulista.
Depoimentos
O governador José Serra marcou sua passagem pela madrugada na Virada Cultural com um enorme sorriso de orgulho, afinal foi ele o criador do evento: “Tenho muita satisfação porque a Virada provou que era realmente uma necessidade. Um governante põe em prática muitas vezes idéias que vêm de assessores, mas a Virada foi uma idéia minha que o Carlos Augusto Calil batizou com esse nome e ajudou a viabilizar. E o melhor é que a população, desde a primeira edição, acolheu, apoiou e tomou conta da Cidade de uma forma alegre, inteligente e através da cultura em diferentes manifestações artísticas”.
O prefeito Gilberto Kassab era um dos mais animados na madrugada. Sorridente, acenando para as pessoas, contou que mais uma vez as suas expectativas foram superadas: “A Virada se transformou em um grande evento da cultura brasileira. Milhares de brasileiros de várias regiões do País acompanham a nossa Virada fazendo com que São Paulo tenha no turismo um dos principais setores para o seu desenvolvimento”.
Carlos Augusto Calil, secretário municipal de Cultura, disse que nesta edição a Virada se consolida mais uma vez como a grande festa da Cidade. “É exatamente isso que nós queremos, fazer com que as pessoas sintam-se bem caminhando pelo Centro, conhecendo e reconhecendo a cidade de São Paulo”.
“A Virada Cultural é o nosso grande evento. Não há em nenhum lugar do mundo uma manifestação cultural com tamanha dimensão e diversidade”, afirma Caio Luiz de Carvalho, presidente da São Paulo Turismo (SPTuris), empresa de promoção turística e de eventos da cidade. Segundo ele, com o amadurecimento atingido nesta quarta edição, a Virada também se consolidou definitivamente como produto turístico.
Caio Carvalho lembra que um grupo de 120 operadores e agentes de viagens do Brasil e da América Latina participou do evento visando investir ainda mais na promoção e venda de pacotes. “A Virada representa muito bem o posicionamento de São Paulo no Brasil e no Exterior como o grande pólo cultural da América Latina, além de reforçar o estilo diverso de uma cidade que pulsa 24 horas por dia”.
José Mauro Gnaspini, coordenador de programação da Virada, comemorou o sucesso das novidades desta edição: “Está sensacional, mesmo nos locais onde não funcionavam palcos ou atrações programadas havia pessoas caminhando, sentadas em bares ou restaurantes. Fechamos o Centro, tiramos os automóveis e a Cidade voltou a ser como era. As pessoas redescobriram o Centro, que virou um grande boulevard. A localização dos palcos foi ideal, facilitou a circulação, todos os locais estavam cheios, mas sem aglomeração. Até eu me surpreendi, nunca pensei que coubesse tanta gente na Praça da República. O show do Paul Di’Anno, por exemplo, estava totalmente lotado”.
O diretor regional do SESC São Paulo, Danilo Santos de Miranda, observou que “o paulistano se faz presente nos mais diversos espaços culturais quando tem as condições para isso, tais como transporte, segurança e uma programação de qualidade à sua disposição. Mais uma vez, a Cultura demonstra sua força como agente motivador da participação social, da economia e da educação para a cidadania. A rede SESC integrou-se plenamente neste espírito, atraindo um publico de 55 mil pessoas até as 10 horas da manhã de domingo”.
Maria Fernanda Rodrigues, Luciana Rodrigues e Leonardo Neto
Lu Fernandes Escritório de Comunicação
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