domingo, 6 de abril de 2008

Tratamento da malária com própolis

Embora o Ministério da Saúde ainda não tenha reconhecido a cura da malária e da dengue, o biólogo Gilvan Barbosa Gama, de Florianópolis, afirma ter constatado que o própolis pode curar essas doenças. Com o apoio da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que divulga o seu trabalho, Gama está em busca do reconhecimento científico dos benefícios proporcionados pelo própolis e em breve pretende repassar seus conhecimentos para as Secretarias de Saúde de todo o país.

O própolis é um antibiótico natural extraído pelas abelhas dos botões das flores, brotos e cascas de árvores. É um excelente bactericida e antibiótico, conseguindo os mesmos efeitos da penicilina, estreptomicina, terramicina e outros, porém não provoca os efeitos colaterais destes produtos farmacêuticos, realizando somente a cura. Além dessas propriedades, é uma substância resinosa que as abelhas usam como material de construção e proteção da colmeia.

Durante quatro anos o pesquisador, que já morou na Amazônia, administrou o própolis para os garimpeiros em locais totalmente desprovidos de assistência médica. Gama percebeu que o própolis faz a pessoa eliminar pelo suor uma substância que afasta os mosquitos e ainda cura aqueles que já desenvolveram a doença. Segundo ele, o reconhecimento positivo ou não de uma entidade de peso como a Fundação Nacional de Saúde (FNS) ou o Instituto de Medicina Tropical (IMT) é essencial para que o própolis seja difundido como o remédio que cura a malária e a dengue. "A saúde não espera, eu só quero repassar a fórmula de manipulação do própolis para que o governo distribua gratuitamente à população carente".

Para a cura da malária e da dengue, Gama cultiva a abelha Jataí nativa no Brasil, encontrada no oeste catarinense, que tem um princípio ativo chamado flavonóide, pigmento de cor amarela. A administração para os doentes de malária e dengue consiste em 7,5 ml, em dose única e durante a crise de 2 em 2 horas. Para crianças reduz-se a dose pela metade.

O apicultor destaca, todavia, que as pessoas devem prestar atenção ao produto, pois não é qualquer própolis que pode curar as enfermidades. "É preciso que ele esteja na concentração correta, 1kg de própolis para 900ml de álcool de cereais. Os própolis comprados em farmácias são muito diluídos", garante Gama.

Quanto ao grau de toxicidade, a própolis tem grau zero, e vai competir com outros medicamentos, isso significa que não é possível uma overdose de própolis. "Apenas uma pessoa em 100 mil pode ter alergia ao produto", afirma o biólogo.

De acordo com Gama, o própolis tem ação hipotensiva, vasodilatadora e cicatrizante. E é indicado para lepra, queimaduras, febres parasitárias, tropicais e viróticas. "O própolis apresenta diversos benefícios ao organismo humano; as pessoas não conhecem bem as abelhas e têm uma idéia errada sobre o inseto. Somente duas espécies no Brasil possuem o ferrão que é tão temido".

A Superintendência de Controle de Endemias de São Paulo (Sucen) já testou a pesquisa de Gama "in vitro" e obteve resultado positivo no combate ao Plasmodium falciparum, espécie que causa a forma mais grave da malária. Além do Brasil, seus estudos já são conhecidos pelo Ministério da Saúde de Cuba e em Angola, na África, onde alguns missionários que utilizam o própolis nos casos de malária, obtiveram resultado positivo.

Em busca de outras aplicações para o produto países como a Bulgária e Inglaterra pesquisam tratamento para pacientes com Aids e com doenças hepáticas. Na antigüidade, os egípcios usavam o própolis para embalsamar as múmias devido a sua propriedade bactericida. (Carolina Valadares)

Em 1993 o apiterapeuta Gilvan Barbosa Gama ja comunicava a Revista Brasileira de Medicina Tropical a sua descoberta em relação ao uso da tintura de própolis na profilaxia e no tratamento clínico da malária.

O objetivo da pesquisa foi demonstrar na região norte do Brasil, em populações definidas de áreas endêmicas, a sensibilidade dos diversos tipos de malária ao poder antiparasitário da própolis; observando a sua ação repelente ao anofelino, quando ingerida e eliminada pela sudorese.

II. Constatar e avaliar a sua eficácia clínica e tempo de supressão quando ministrada como dose primária em crise malárica. A localidade endêmica pesquisada foi o garimpo Cuiú - Cuiú no Estado do Pará, onde na pesquisa de campo foi utilizada a técnica de avaliação rápida. Na primeira fase da pesquisa foram ministradas, em gotas, dosagens de tintura de própolis, em concentrações que variavam de 30% a 40%, a um grupo de trinta indivíduos não portadores do plasmodium durante trinta dias.

Durante este período o grupo mostrou-se imune a picada de insetos e não houve nenhum caso de malária. Na segunda fase da pesquisa, após comprovado o efeito repelente, foram ministradas dosagens de própolis, em gotas, por via oral, a uma concentração de 70% em bruto, a trinta indivíduos portadores do plasmodium, em ataque primário de malária.

Todos tiveram a febre e os demais sintomas da doença eliminados prontamente, persistindo em alguns casos apenas uma leve cefaléia. Na avaliação de resposta quimioprofilática, a tintura de própolis a uma concentração variante de 30% a 40%, ingerida em 250 ml de água, mostrou-se um excelente repelente quando expelida pela sudorese, mantendo não só o anofelino, como também outros mosquitos afastados dos indivíduos, tornando-os protegidos das picadas, e por via de conseqüência, protegidos também das parasitemias que esses mosquitos pudessem transmitir.

Na avaliação de resposta como tratamento clínico da malária, aqueles indivíduos que fizeram o uso da tintura de própolis a 70 % em bruto, como dose de ataque, tiveram a supressão dos sintomas. As tinturas ministradas com diferentes graus de concentração mostraram-se eficazes na quimioprofilaxia e no tratamento clínico da malária.

Acredita-se que numa prova terapêutica as flavínias encontradas na composição da própolis mostrem-se responsáveis por estes resultados. Diante desta e de tantas outras evidências sobre apiterápicos, aguarda-se por parte dos Órgãos da Saúde uma especial atenção e crédito. Espera-se também uma maior divulgação junto ao público possibilitando um total conhecimento dos produtos apiterápicos, pois o seu campo de aplicação na saúde é vastíssimo, e por ter um custo bem menor que os medicamentos tradicionais, poderá melhorar a qualidade de vida das populações de baixo poder aquisitivo.

O biólogo Gilvan Barbosa Gama, de Florianópolis, explica que é também possível usar a própolis contra a dengue. Segundo ele, a própolis exala na sudorese dois dos seus princípios ativos (flavona e vitamina B) que repelem os insetos.

A própolis é uma cera produzida pelas abelhas a partir cascas, resinas e botões de flores. Sua composição: além das vitaminas do complexo B, C, H e O, a própolis também possui em sua composição a Flavonóides, galangia, resinas com bálsamo, cera e pólen.

Segundo Gilvan, isso seria possível porque a pessoa que ingere constantente a substância exala, através do suor, um odor que impede a aproximação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Para obter esse resultado, a pessoa precisa ingerir 7,5 ml da solução de própolis diluída em meio copo de água-de-côco. Essa terapia, diz, tem dado resultados positivos em todos os locais onde foi aplicada, desde a Amazônia até em Santa Catarina, onde Gama atua com mais freqüência.

"Em todas as cidades onde os prefeitos adotaram esse tipo de terapia não foram registrados casos de dengue, e isso tem de ser levado em consideração tanto pela sua simplicidade quanto eficiência", enfatiza Gama, que esteve em Videira semana passada, divulgando seu trabalho.

"Em vez de gastar milhões em tratamentos, o governo poderia dispor de R$ 0,50 por paciente e obter a cura e prevenção da doença", defende, salientando que o preparo deve ser tomado, em casos de contaminação, durante o pico febril, e com mais três doses, uma a cada duas horas.

A eficácia do tratamento, segundo ele, foi comprovada em uma pesquisa de campo que fez por cinco anos na Amazônia. "Eu fiquei lá por cinco anos, sempre administrando a própolis, e nesse período não adquiri a doença", conta.

Desde que descobriu as propriedades da substância, Gama luta para ter seu trabalho reconhecido pela Fundação Nacional de Saúde (FNS), órgão do Ministério da Saúde. "Em alguns países da África, esse tipo de substância vem sendo utilizado com excelentes resultados, e nada impede que no Brasil aconteça o mesmo", defende.

A própolis é utilizada como um antibiótico natural que potencializa o imunosistema, tornando-o mais resistente às infecções oportunistas. Tem ação imediata, é cicatrizante e tem efeito anestésico e hemostático. Seu uso não acarreta efeitos colaterais, e o baixo custo é um dos atrativos.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTÍSSIMAS
Gilvan alerta, para não esquecer de fazer o teste ALÉRGICO para ver se quem vai tomar a própolis não é alérgico a ela. É muito rara esta sensibilidade mas pode ocorrer. Caso queira trocar a água sem cloro pela água de coco, é uma excelente pedida.

Fontes:
http://www.uraonline.com.br/especial/esp-07/propolis-contra-dengue.html
http://mirandagama.sites.uol.com.br
http://www.radiobras.gov.br/ct/1999/materia_050399_2.htm
http://www.apisjordans.com.br/outras_noticias.php?cod_noticias=4
http://www.agenciaamazonia.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=

abrantes@inpi.gov.br.
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http://www.inova.unicamp.br/inventabrasil/propdengue.htm

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