segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Beatriz Segall em livro

BEATRIZ SEGALL RELEMBRA MOMENTOS DE SUA CARREIRA EM “ALÉM DAS APARÊNCIAS”, LANÇAMENTO DA COLEÇÃO APLAUSO, DA IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO

Atriz versátil e célebre por seus papéis em telenovelas, Beatriz Segall fala dos momentos marcantes de sua carreira em Além das aparências, um depoimento concedido à jornalista Nilu Lebert, novo volume da Coleção Aplauso da Imprensa Oficial do Estado. O lançamento acontece no dia 12 de dezembro, às 19 horas, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo.

Beatriz Segall - Além das aparências
Nilu Lebert

Coleção Aplauso/Imprensa Oficial do Estado de São Paulo

200 páginas

R$ 30,00

A carreira nos palcos, na televisão e no cinema é o tema principal de Além das aparências, biografia de Beatriz Segall, novo lançamento da Coleção Aplauso, publicada pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. Em depoimento à jornalista Nilu Lebert, a atriz, conhecida do grande público pelos personagens que interpretou em telenovelas, relembra os principais momentos de seus 57 anos de trajetória artística. O livro será lançado no dia 12 de dezembro, às 19 horas, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional.

A atriz, de 81 anos, concebe o teatro como um sacerdócio e vê na formação cultural ampla um requisito fundamental para um bom desempenho na profissão. Segall fez muitos cursos de teatro, inclusive na Sorbonne, em Paris, no começo dos anos 1950. Aliás, na capital francesa conheceu Maurício Segall – filho do artista plástico Lasar Segall –, com quem se casou pouco depois.

Beatriz formou-se em letras no Rio de Janeiro e trabalhava como professora de francês quando começou a estudar teatro. Estreou nos palcos em 1950, ainda como amadora, na peça O belo indiferente, de Jean Cocteau. Em 1952, foi para a França, com uma bolsa do governo francês, onde aprimorou-se em língua e civilização francesa e em teatro, freqüentando um curso com atores da Comédie Française. Dois anos mais tarde se casou e decidiu ficar longe dos palcos para se dedicar ao marido e aos filhos.

Voltou aos palcos em 1964, substituindo Henriette Morineau em Andorra, de Max Frisch, montagem do Teatro Oficina, dirigida por José Celso Martinez Corrêa. Pouco depois participou de outra peça dirigida por Zé Celso, Pequenos burgueses, de Gorki, que fez enorme sucesso. Sua carreira teve então novo impulso, sendo reconhecida por público e crítica por seu talento tanto em comédias como em dramas.

Durante a ditadura militar, Beatriz destacou-se por sua resistência à censura e ao autoritarismo. Em 1968, ao lado do marido, criou uma companhia estável e arrendou o Teatro São Pedro para torná-lo “um centro onde se pudesse dizer o que a imprensa escrita e falada estava impedida de divulgar na época. Não podíamos dizer claramente o que pensávamos, mas havia uma espécie de código pré-estabelecido que o público entendia”, recorda. Em 1970, Maurício Segall foi preso e levado ao DOI-CODI. Passou mais de um ano na cadeia. Nesse período, Beatriz passou a atuar como produtora das montagens da companhia, substituindo o marido.

Assim que se desligou do Teatro São Pedro, Beatriz recebeu o convite para aquele que seria seu primeiro papel marcante em novelas da TV Globo, a personagem Celina, de Dancin’ Days, escrita por Gilberto Braga e levada ao ar entre 1978 e 1979. As novelas deram-lhe mais visibilidade do que o teatro. Dessa época em diante passou a dividir o tempo entre o teatro e a televisão, além de fazer algumas aparições esporádicas no cinema, em filmes como O cortiço e o premiado À flor da pele, ambos de Francisco Ramalho Júnior; Os amantes da chuva, de Roberto Santos e Desmundo, de Alain Fresnot.

Em 1988, fez seu papel de maior popularidade, a arquivilã Odete Roitman, na novela Vale tudo, de Gilberto Braga. “Todo mundo acha que eu não gosto de falar desse trabalho. Eu não gosto é quando as pessoas repetem sempre as mesmas brincadeiras, que já têm quase vinte anos e eu não agüento mais ouvir. Mas que foi um orgulho do tamanho de um bonde eu ter feito a personagem, ah, isso foi”, afirma.

Ivani Cardoso/Maria Fernanda Rodrigues/Alexandre Agabiti (Lu Fernandes Escritório de Comunicação) pelo telefone (11) 3814-4600

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