O Arquivo Público Municipal Doutor Calil Porto, departamento da Prefeitura de Araguari, promove todos os meses exposições fotográficas abertas ao público. Em 2008, o Arquivo preparou uma edição especial que mostra a história do município e o trabalho de um fotógrafo que, no passado, contribuiu para a área da fotografia bem como para a história e cultura de Araguari. A exposição tem como tema o “Dia da Fotografia” e acontece até o dia 30 de janeiro.
Para a arquivista Aparecida da Glória Campos Vieira, a fotografia é um documento importante que auxilia a compreensão da história. “Todo mundo já apontou a câmara para alguém ou alguma coisa, apertou um botão e ouviu um clic. Todos ou pelo menos quase todos, têm acesso hoje, às máquinas fotográficas e a sensação do momento são as digitais. Simples ou sofisticadas, está cada vez mais comum a captação de imagens que guardam lembranças da família, de viagens ou do dia-a-dia, mas nem sempre foi assim”, afirma ela.
A escolha do tema se deve porque a fotografia foi mundialmente distinguida por irradiar arte, sutileza, ambigüidade, reprodução. Entretanto, nos primórdios anos do século XX, essa prática ainda era para poucos profissionais e amadores abastados que dominavam as técnicas fotográficas da época que dependiam, principalmente, do material humano: o fotógrafo.
Na cidade de Araguari várias imagens enfocam a urbe nas primeiras décadas do século XX, sob o ponto de vista dos profissionais radicados ou ditos de passagem que dominavam a arte do retrato e expandiam a idéia de se deixar fotografar.
De acordo com a arquivista Aparecida Campos Vieira, a Foto Geraldo, de propriedade de Geraldo Vieira (já falecido), começou história em Araguari a partir da década de 1930. A fama do estúdio fotográfico difundiu-se por toda a região. A vida cotidiana de Araguari era registrada a cada imagem. Em todos os lugares, mesmo quando não contratado, Geraldo Vieira continuava seu ofício de trabalho e eternizava imagens. “Geraldo Vieira faleceu aos 82 anos em 1993 e foi um ícone na cidade com seus trabalhos fotográficos porque ele foi além do trabalho que já existia, mas, registrou parte da história da cidade”, ressaltou a arquivista.
Em agosto de 1996, Bruno Vieira, apreciador e conhecedor do trabalho do pai, além de fotógrafo, entendeu a importância da atividade para a cidade e para perpetuar-lhe a memória, resolveu doar grande parte do acervo de negativos e fotografias ao Arquivo Público Municipal. Segundo Aparecida Campos, no mesmo ano, o Arquivo convidou Bruno Vieira para participar de um projeto do Departamento que consistia em fotografar pontos turísticos de Araguari no mesmo ângulo que seu pai havia retratado.
A arquivista disse que a exposição é uma homenagem ao Dia do Fotógrafo e uma exaltação à figura de Geraldo Vieira, com fotografias dele e de Bruno Vieira. “Convidamos a comunidade araguarina para visitar a exposição que mostra mais um pouco da história do município”, concluiu Aparecida Campos.
Rubiana Cristina
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