terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Pernambuco terá centrais de energia eólica


Energia gerada por turbinas em cinco municípios será suficiente para abastecer cerca de 150 mil habitantes (foto: CBEE)

Pernambuco terá cinco centrais para geração de energia eólica. A construção das turbinas deverá ser iniciada em fevereiro nos municípios de Gravatá (duas turbinas), Pombos (duas turbinas) e Macaparana (uma turbina).

Segundo o Ministério da Ciência e Tecnologia, serão investidos R$ 110 milhões, sendo R$ 20 milhões em recursos próprios pela Eólica Tecnologia e R$ 80 milhões financiados pelo Banco do Nordeste. As obras têm previsão de conclusão em dezembro.

O anúncio dos investimentos foi feito na sexta-feira (25/1) pelo diretor-presidente da Eólica, Everaldo Alencar Feitosa, em audiência com o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, no Recife. As turbinas terão capacidade total de geração de energia de 22 megawatts.

De acordo com Feitosa, a energia gerada pelas cinco turbinas será suficiente para abastecer cerca de 150 mil habitantes, com consumo médio de 150 kilowatts-hora/mês. Cada turbina tem uma torre de 80 metros de altura, com rotor com pás de 41 metros de comprimento. A compra da energia gerada é garantida pela Eletrobrás.

“É uma energia com preços competitivos e ecologicamente correta”, disse Feitosa. Segundo o empresário e coordenador da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e coordenador da área estratégica de energia da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco, o custo da energia gerada por usinas eólicas é equivalente a um terço do das termelétricas a óleo combustível que operam hoje no país.

Pioneiro na pesquisa da geração de energia eólica no Brasil, Feitosa foi o principal responsável pela construção da primeira turbina de geração de energia eólica no país, em 1995. A unidade foi instalada em Olinda pela UFPE, com apoio do governo estadual. Com potência de 300 kW, a turbina funciona até hoje e é usada para formação de pessoal, treinamento, pesquisa e demonstração da tecnologia.

via Agência Fapesp

Leia mais em Energia