Alerta é da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia
A pneumonia é uma doença infecciosa que agride o pulmão, mais especificamente, os alvéolos, local onde ocorrem as trocas gasosas. É causada por uma grande variedade de bactérias que penetram no pulmão, enchendo os alvéolos de pus e muco. Impede que o oxigênio alcance o sangue, fazendo com que as células do corpo não funcionem adequadamente. Por esse motivo, a pneumonia é muitas vezes fatal. Em todo o planeta, é uma das principais causas de morte de idosos e também de crianças - dois milhões a cada ano. No Brasil, atualmente está entre as cinco maiores causas de internação, são quase um milhão ao ano, e óbito.
Suas vítimas preferenciais, vale frisar outra vez, são crianças de até cinco anos e idosos acima de 60 anos. Além disso, pessoas com doenças que levam ao comprometimento do sistema imunológico, como o câncer, a AIDS e o diabetes, também estão mais expostas ao risco, assim como os fumantes.
Segundo o dr. Mauro Gomes, diretor da comissão de infecções respiratórias da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT) e professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, muitas mortes seriam evitadas, se os casos fossem diagnosticados precocemente para que os pacientes recebessem o tratamento adequado. “As pneumonias são tratadas com o uso de antibióticos e, quanto mais rápido este for iniciado, menor o risco de complicações”.
Tratamento
Dependendo da gravidade, a pneumonia pode ser tratada em casa. O paciente deve permanecer em repouso, ingerir bastante líquido, além de tomar rigorosamente a medicação prescrita por um especialista. No entanto, as de maior risco devem ser tratadas em regime de internação hospitalar, em casos extremos em UTI.
A vacinação contra a gripe deveria ser adotada por todos, especialmente crianças e idosos, salvo quando contra-indicada pelo médico. Além de reduzir a incidência da própria gripe, também diminui os índices de pneumonias.
“Existe ainda a vacina contra o pneumococo, a principal bactéria causadora de pneumonia. Também deve ser indicada para os pacientes de risco. Convém lembrar que a proteção oferecida por estas vacinas não é de 100% pois elas não envolvem nas suas composições todos os vírus e bactérias que potencialmente tendem a levar a uma infecção respiratória. Por isso, determinadas pessoas, mesmo vacinadas, eventualmente são vítimas de infecção”.
De acordo com o dr. José Eduardo Cançado, presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), há um grande problema no sistema público de saúde. “O Brasil dispõe e oferece, gratuitamente, os recursos necessários para o diagnóstico e tratamento da pneumonia. No entanto, por muitas vezes, o diagnóstico não é feito de maneira certa, o antibiótico prescrito não é o correto. E isso faz com que a criança, ou o infectado piore. Em situações de tratamento não efetivo, a pneumonia pode ser fatal”.
Dr . Cançado argumenta que o grande problema da rede pública é que as pessoas não são medicadas por um especialista em doenças respiratórias, o que seria ideal. Além do mais, é sabido que a abertura indiscriminada de faculdades médicas tem colocado no atendimento profissionais com formação insuficiente. Outra questão que deve ser considerada é a necessidade de atualização constante, que ainda não é uma prática generalizada.
“Por falta de atualização, às vezes, receita-se uma medicação antiga e que não possui tanta efetividade como outras já disponíveis. Por isso é essencial que sociedades médicas, como a nossa, façam campanhas, palestras para reciclar o médico. Porém, o governo deve ter comprometimento com a educação continuada, inclusive ajudando no financiamento, pois isso é um problema de saúde pública.”
Principais sintomas
• Febre e suor intenso
• Calafrios e tremores
• Falta de apetite
• Dor no peito que piora com a respiração, em crianças maiores
• Tosse com catarro esverdeado, marrom, ou com raias de sangue.
• Respiração ofegante, gemência e prostração
• Aceleração do pulso
Em casos graves, os lábios e unhas podem ficar roxos por falta de oxigênio no sangue e pode haver confusão mental. Em crianças muito pequenas ou já com outras doenças de base, a pneumonia pode ocorrer sem a presença dos sinais clássicos, o que muitas vezes dificulta o diagnóstico.
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