A cirurgia do menino de dois anos, que veio do Japão para fazer transplante de coração no Incor, teve duração de quatro horas, com início às 20h de quarta-feira (27).
Desde a madrugada desta quinta-feira (28), o pequeno Felipe Watanabe da Silva está na UTI pós-operatória do Incor – Instituto do Coração do Hospital das Clínicas, onde permanecerá em recuperação por tempo indeterminado.
Seu quadro clínico é estável e evolui de forma satisfatória nas primeiras horas do transplante, que são as mais críticas. Ele permanece sedado, com necessidade de auxílio respiratório, e sob tratamento medicamentoso com drogas vasoativas e contra rejeição do órgão (imunossupressoras).
Felipe foi submetido a um transplante de coração no Incor, nesta quarta-feira (27), com duração de quatro horas, com início às 20h e término às 24h. O órgão para transplante, doado por uma criança, no interior de São Paulo, chegou ao hospital às 21h30, trazido pela equipe de captação do Instituto, com transporte pelo helicóptero Pelicano da Polícia Civil. Nesse momento, Felipe já estava no centro cirúrgico do hospital, pronto para receber o novo coração. A operação foi conduzida pelo Prof. Dr. Miguel Barbero Marcial, chefe da equipe cirúrgica de transplante infantil do hospital.
COMUNIDADE BRASILEIRA NO JAPÃO COMEMORA
Felipe foi admitido no Incor no dia 4 de fevereiro último, vindo da UTI do Jichi Children´s Medical Center, no Japão, onde estava internado havia nove meses, com indicação de transplante. Segundo Dr. Marcial, no Japão, não são permitidas doações de órgãos de pessoas com morte encefálica com menos de 15 anos.
Assim, pacientes que estão no país à espera de um órgão dessa procedência são enviados para transplante na Europa, Estados Unidos e, no Brasil, para o Incor.
O menino adoeceu logo que chegou ao Japão, onde seus pais, Fernando de Oliveira da Silva (30) e Salete Watanabe da Silva (28), que são brasileiros, estavam a trabalho. O diagnóstico da doença que levou Felipe para a fila do transplante foi miocardiopatia dilatada – condição na qual o coração dilatado não tem força de contração suficiente para distribuir adequadamente o sangue pelo organismo.
Assim que o menino teve indicação de transplante, sua família começou uma campanha na comunidade brasileira no Japão, para conseguir fundos necessários para trazê-lo de volta ao Brasil, diretamente para o Incor. Depois de meses, Fernando e Salete conseguiram apoio do Itamaraty para as passagens aéreas; e os recursos da comunidade brasileira no Japão foram utilizados para custear parte do suporte de vida em vôo UTI, com acompanhamento de médicos japoneses e escala única nos Estados Unidos.
Assessoria de Imprensa
Instituto do Coração Incor-HCFMUSP
Rita Amorim
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