terça-feira, 29 de abril de 2008

Dia Internacional da Dança chega à sua quarta edição

Uberlândia celebra a data com ações interativas nos terminais de ônibus

A Prefeitura de Uberlândia, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, comemora nesta terça-feira, dia 29 de abril, das 9h às 12h e das 15h às 17h, nos terminais Central, Umuarama, Santa Luzia e Planalto, o Dia Internacional da Dança, que terá apresentações dos grupos Tripé Dança-teatro, Aziza de Dança, Íntimo Fortuito Dança-performance, Cia. Bittencourt de Dança, Cia. Alimah Tribal Dança Étnica e Strondum Dança Contemporânea. A entrada é franca.
A data comemorativa foi criada em 1982, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), em homenagem ao nascimento de Jean-George Noverre, considerado o criador do balé moderno, nascido em 29 de abril de 1727. O evento objetiva criar interferências de dança, possibilitando um maior contato com o público, principalmente para aqueles que não freqüentam salas de espetáculos, utilizando esta arte como instrumento propositor de sensibilidades e poéticas. As ações realizadas neste dia visam, principalmente, demonstrar à comunidade local a importância da dança para a sociedade, e incentivar a produção e a permanência desta atividade humana como tradutora de culturas sempre em movimento. A proposta é uma atividade de caráter performático, ligado à pesquisa de linguagem e de possibilidades na dança, sugerindo um diálogo com os aspectos não convencionais das suas práticas, pensamentos e reflexões, experimentando a desmaterialização do espaço cênico.
Em sua quarta edição, a comemoração do Dia Internacional da Dança sela sua permanência definitiva no calendário cultural oficial da cidade e é uma grande conquista não apenas para os grupos e artistas da dança, mas também para formação de público apreciador desta arte.

Grupo Tripé Dança-Teatro
“coTIQUEdiano”
Sons familiares, cheiros impregnantes, caminhos comuns, gestos repetitivos, tiques, vícios, jeitos. Ruídos transformados em música, pessoas em cores, movimentos em dança. Um caos permeado por histórias, culturas, dor, alegria e prosa.
Um lugar cotidiano, um gesto, um objeto, um banco. Ao se diluir em tamanha cotidianidade um universo cheio de contradições. Por meio de pesquisas de campo, nasce um olhar atento e pesquisador. Investiga, experimenta, compartilha. No decorrer de um trabalho de dois meses, surge um espaço cênico, personagens tão comuns simplesmente dançam.
Na crise entre o cotidiano e extracotidiano, dançamos o ruído frenético da cidade, sentimos seus cheiros, vestimos suas roupas, sentamos em suas cadeiras, brincamos em filas, falamos os seus gritos, sussurramos os seus ruídos.

Pesquisadores/Intérpretes: Angelita Franklin, Daniela Reis, Jacqueline Carrijo, Ricardo de Oliveira, Coreografia: Daniela Reis e Poliana Diniz, Direção: Poliana Diniz

Cia. Alimah Tribal Dança Étnica
“Fusion” (Dança Tribal)
Neste trabalho de "Fusion" com Dança do Ventre, Dança Indiana e Dança Afro, a Cia. Alimah Tribal procurou buscar o que havia de contraditório e o que havia de mais comum nessas danças. Mesclando culturas, ritmos e vestimentas diferentes ao ponto de torná-los uma expressiva e única Dança, não se sabendo onde começa e onde termina um estilo.
Elenco: Ketry Furlanetto, Gleice Martins, Janaína, Janaína Oliveira
Coreografia: Ketry Furlanetto

Íntimo Fortuito Dança-Performance
“Percepto-Dilatador”
Sensoriamentos sobre o Tempo e a falta dele
Este trabalho nasce da inquietação de um coletivo de artistas contemporâneos que busca nas relações do cotidiano alimento para criação poética. Para essa pesquisa, “o tempo” é foco de reflexão e como as relações são construídas a partir e em função dele. A idéia da performance é sensibilizar o espectador sobre sua própria relação com o tempo e questionar de que forma os indivíduos lidam com a falta e/ou o excesso de tempo. Abrigo para corpos mortos ou vivos de sensibilidades. Retrocessos necessários pretendem visitar o leito em golpes de respiro ou suspiros.
Estruturalmente, o trabalho também discute os limites e caminhos entre a Dança e a Performance Art e como essas duas linguagens distintas podem se fundir a fim de um processo comunicativo aberto e poético que atenda a proposição da arte na contemporaneidade, apontando para os caminhados da Dança-Instalação.
Performes/Intérpretes/Criadores: Marsial Azevedo, Patrícia Borges, Rogério Vidal
Colaboração artística: João Virmondes
Projeto Visual/Concepção/Direção: Dickson Du-Arte

Cia. Bittencourt de Dança
“Refluxo”
Cotidianamente somos atravessados por inúmeros estímulos que interferem em nossa percepção, causando um estado interno acelerado e às vezes desorganizado, que mediante uma mínima “ação” nos leva a “reagir” de imediato sem o tempo da reflexão. Inspirado no caos do cotidiano na contemporaneidade, “refluxo” foi criado a partir das metáforas corporais produzidas pelos bailarinos em relação ao movimento. Agressividade, força, densidade, virilidade e sensualidade, energias e fluxos que se revelam.
Coreografia: Cristiano Reis
Bailarinos: Claudia Bittencourt, Amanda Fernandes, Mariana Pio, Karyne Bittencourt, Lucas Rodrigues, Felipe Gonçalves, Marcelo Cirino
Direção: Cláudia Bittencourt

Grupo Strondum Dança Contemporânea
“Fluxo”
Fluxo: embora possua uma característica de intervenção cênica (performance), não se dissocia do projeto estético do Grupo Strondum. Essa intervenção, como nos trabalhos anteriores do grupo, não deixará de seguir a opção “provençal” de como o grupo aborda a realidade, ou seja, não aposta na linearidade dos processos. Em lugar dos fatos, esses são substituídos por acontecimentos, contrariando a relação de causa e conseqüência, unidade, totalidade, identidade.
Para o Terminal Central de Uberlândia a pergunta “o que é?” norteará toda feitura do trabalho, assim, estaremos pondo em xeque a identidade constituída em um ambiente de trânsitos de não-lugares, circulação e ou desvairada gentalhas, onde os Joãos, os Josés e as Marias são potências, gentes ou coisas. O que é identidade?
Orientação, elaboração performática: Cláudio Henrique de Oliveira
Direção artística: Eduardo Lopes
Pesquisa performática: Aline Corrêa, Cláudio Henrique, Johnny Charles, Eduardo Lopes


28 de abril de 2008
Secretaria Municipal de Gestão Estratégica e Comunicação
Av. Anselmo Alves dos Santos, 600 – Uberlândia / MG
Fones: (34) 3239-2684 / 2441 / 2883

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