– O faturamento real da indústria brasileira se intensificou em fevereiro deste ano, ao mesmo tempo em que a utilização da capacidade instalada recuou devido à maturação de investimentos no setor, de acordo com a pesquisa Indicadores Industriais, divulgada hoje (3) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.
Isso significa, segundo os economistas da CNI Flávio Castelo Branco e Paulo Mol, que o crescimento não vai causar pressão inflacionária e, por isso, não há motivos para o Banco Central aumentar juros neste mês. Segundo a pesquisa, o faturamento real cresceu 1,5% em fevereiro em relação a janeiro, no número sem as influências sazonais.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, as indústrias faturaram 11,5% a mais. Nos dois primeiros meses do ano, o crescimento foi de 10,9% ante igual período de 2007. Os dados de fevereiro mostraram que, puxada pelo consumo, a indústria cresce enquanto os investimentos feitos em 2006 e 2007 na capacidade de produção entram em operação.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) recuou em fevereiro para 82,9%, ante os 83,1% de janeiro. “A capacidade de produção está aumentando. Enquanto a economia cresce a 5% ao ano, a formação bruta de capital fixo (que mede os investimentos produtivos) cresce a mais de 10% há oito trimestres”, explicou Paulo Mol.
A queda do NUCI em fevereiro é um claro sinal de que a indústria pode acompanhar o crescimento da demanda interna. “O setor está preparado para esse crescimento, porque está investindo”, disse Paulo Mol. Flávio Castelo Branco salientou que uma eventual elevação dos juros básicos, a Selic, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central no dia 16 seria uma “precipitação”.
“O Índice de Preços no Atacado (IPA, que mede a inflação na indústria) fechou na casa dos 3% no ano passado, abaixo da inflação dos outros setores, e não está tendo nenhum sinal de aumento neste ano. Não há porque aumentar juros nesse momento, ainda mais com a indústria mostrando capacidade de atender todos os pedidos”, destacou.
Na avaliação do gerente-executivo de política econômica da CNI, uma possível alta de juros nesse momento pode ser um freio desnecessário no crescimento da economia neste ano. “A primeira coisa que pode acontecer é a queda do consumo. Os investimentos da indústria podem ser afetados por conta dessa expectativa de queda do consumo”, afirmou Castelo Branco.
Emprego e renda
O emprego continuou, em fevereiro, a trajetória de crescimento na indústria. Houve uma elevação de 0,2% ante janeiro, descontadas as influências sazonais, e um crescimento de 7,2% na comparação com fevereiro de 2007.
“O ritmo de crescimento do emprego é extremamente forte, a produção está sendo de fato acompanhada pelo aumento do emprego”, disse Paulo Mol. Ele lembrou que o aumento do emprego na indústria faz crescer a massa de salários, algo que está acontecendo também nos outros setores econômicos. “A massa de salários vem se expandindo a 7,2% nos dois primeiros meses deste ano na indústria, já descontada a inflação. Com o aumento da massa de salários nos demais setores, o consumo das famílias deverá continuar em alta”, concluiu.
Unicom - Unidade de Comunicação Social
Sistema Indústria (CNI SESI SENAI IEL)
imprensa@cni.org.br
Isso significa, segundo os economistas da CNI Flávio Castelo Branco e Paulo Mol, que o crescimento não vai causar pressão inflacionária e, por isso, não há motivos para o Banco Central aumentar juros neste mês. Segundo a pesquisa, o faturamento real cresceu 1,5% em fevereiro em relação a janeiro, no número sem as influências sazonais.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, as indústrias faturaram 11,5% a mais. Nos dois primeiros meses do ano, o crescimento foi de 10,9% ante igual período de 2007. Os dados de fevereiro mostraram que, puxada pelo consumo, a indústria cresce enquanto os investimentos feitos em 2006 e 2007 na capacidade de produção entram em operação.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) recuou em fevereiro para 82,9%, ante os 83,1% de janeiro. “A capacidade de produção está aumentando. Enquanto a economia cresce a 5% ao ano, a formação bruta de capital fixo (que mede os investimentos produtivos) cresce a mais de 10% há oito trimestres”, explicou Paulo Mol.
A queda do NUCI em fevereiro é um claro sinal de que a indústria pode acompanhar o crescimento da demanda interna. “O setor está preparado para esse crescimento, porque está investindo”, disse Paulo Mol. Flávio Castelo Branco salientou que uma eventual elevação dos juros básicos, a Selic, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central no dia 16 seria uma “precipitação”.
“O Índice de Preços no Atacado (IPA, que mede a inflação na indústria) fechou na casa dos 3% no ano passado, abaixo da inflação dos outros setores, e não está tendo nenhum sinal de aumento neste ano. Não há porque aumentar juros nesse momento, ainda mais com a indústria mostrando capacidade de atender todos os pedidos”, destacou.
Na avaliação do gerente-executivo de política econômica da CNI, uma possível alta de juros nesse momento pode ser um freio desnecessário no crescimento da economia neste ano. “A primeira coisa que pode acontecer é a queda do consumo. Os investimentos da indústria podem ser afetados por conta dessa expectativa de queda do consumo”, afirmou Castelo Branco.
Emprego e renda
O emprego continuou, em fevereiro, a trajetória de crescimento na indústria. Houve uma elevação de 0,2% ante janeiro, descontadas as influências sazonais, e um crescimento de 7,2% na comparação com fevereiro de 2007.
“O ritmo de crescimento do emprego é extremamente forte, a produção está sendo de fato acompanhada pelo aumento do emprego”, disse Paulo Mol. Ele lembrou que o aumento do emprego na indústria faz crescer a massa de salários, algo que está acontecendo também nos outros setores econômicos. “A massa de salários vem se expandindo a 7,2% nos dois primeiros meses deste ano na indústria, já descontada a inflação. Com o aumento da massa de salários nos demais setores, o consumo das famílias deverá continuar em alta”, concluiu.
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