segunda-feira, 7 de abril de 2008

“Queremos continuar produzindo velas”, dizem os fabricantes de velas

Como desdobramento da falta crônica de parafina no mercado brasileiro, a Abrafave – Associação Brasileira dos Fabricantes de Velas, posicionou-se de maneira exemplar, enfrentando a crise de frente e tentando junto à Petrobras (única fabricante de parafina no Brasil) e à ANP – Agência Nacional de Petróleo, resolver de vez essa situação que desde o final de 2007 atingiu a todos os fabricantes de velas do país.
Tudo começou no final de 2007 quando a REDUC e RELAM (fábricas da Petrobrás que produzem parafina) pararam para manutenção.
Em janeiro de 2008, a crise assolou o mercado fortemente, teve uma pequena melhora em fevereiro e se agravou em março.
Após algumas reuniões entre Abrafave e Petrobrás, chegou-se a conclusão de que houve uma pequena melhora, uma vez que mesmo com a REDUC parada, a RELAM está funcionando com 75% de sua capacidade de produção de todo volume previsto para este mês.
A Petrobrás não possui capacidade para gerar grandes saldos excedentes e portanto resolver este problema em curto espaço de tempo. A Petrobrás e seus distribuidores, empenhados em resolver o problema o mais rápido possível, tem realizado e continuarão realizando importações.
Só a Gequimica importou desde novembro de 2007 até março de 2008, mais de 3.000 tons, porém as dificuldades para encontrar produto agravam-se dia após dia em decorrência da conjuntura mundial.
A crise é mundial
O Sr Jozarba Cavalcante Rodrigues, Presidente da Abrafave descreveu a crise como sendo a maior dos últimos tempos. E todos os fabricantes de velas do país fazem coro com ele. Por todo o mundo, a situação tem se agravado. Uma grande produtora de parafinas nos EUA já anunciou que irá encerrar sua produção de parafinas até o final de 2.008. Motivo: alteração de seus processos produtivos de óleos lubrificantes.
Nos quatro cantos do mundo empresas produtoras de velas tem buscado formas alternativas à parafina. Diversas gorduras vegetais e animais tem sido desenvolvidas com bons resultados.
Aqui no Brasil o sebo bovino já conquistou seu espaço e hoje é responsável por mais de 15% da composição média das velas produzidas aqui. Na Ásia constata-se que é cada vez maior a participação da cera de palma na fabricação de velas. Novos materiais estão sendo desenvolvidos cabendo ao fabricante a iniciativa de testá-los.
Assessoria de Imprensa
Yara Rocca
Abrafave

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