Gisele Teixeira e Cimar Moreira
A forma como a mídia brasileira aborda o problema das mudanças climáticas foi pauta nesta quarta-feira (7) de uma oficina dedicada a jornalistas, promovida pela organização da III Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), em parceria com o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF).
A forma como a mídia brasileira aborda o problema das mudanças climáticas foi pauta nesta quarta-feira (7) de uma oficina dedicada a jornalistas, promovida pela organização da III Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), em parceria com o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF).
As mudanças climáticas são o principal tema de discussões do encontro, que começa oficialmente nesta quarta-feira, às 19h, em Brasília, com a presença da ministra Marina Silva. Na abertura da oficina, o secretário de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Hamilton Pereira, destacou que a mídia, em geral, ainda trata o tema da mudança do clima pelo viés da catástrofe.
Precisamos começar a discutir na imprensa as causas desse problema mais profundamente, bem como o modelo de desenvolvimento que o País quer daqui para frente, afirmou. Ele lembrou que o Brasil voltou a crescer em ritmo acelerado, quase 5% em 2007, e que isso tende a aumentar a pressão sobre os ativos ambientais. Vivemos um estado de urgência no debate das políticas públicas de meio ambiente e a imprensa tem um papel fundamental nessa discussão, acrescentou.
O cientista político Guilherme Canela, coordenador de Relações Acadêmicas e Pesquisas da Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi), apresentou o estudo A Cobertura da Imprensa Brasileira sobre Mudanças Climáticas, resultado da análise de 50 jornais entre 2005 e 2007. Entre as conclusões, Canela destacou que o trato da mídia brasileira para o tema está fortemente vinculado às questões internacionais. Houve, por exemplo, um aumento na publicação de matérias após a divulgação do Relatório Stern, em 2006, e dos relatórios do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), em 2007.
Por outro lado, existem poucas tentativas de internalizar a pauta, afirmou. Isto é, há pouca relação entre as matérias sobre mudanças do clima e os problemas ambientais do País.
Segundo Canela, três assuntos - efeito estufa, energia e conseqüências das mudanças climáticas - dominaram 50% das matérias que versaram sobre o tema no período. As expressões mais utilizadas foram aquecimento global (70,6%) e mudanças climáticas (29,4%) o que, segundo o especialista, demonstra que ainda há uma confusão conceitual entre os dois problemas por parte dos jornalistas.
Os temas de mitigação e adaptação aparecem em 41,7% e adaptação (2,7%) dos textos. Apenas 3% das matérias cobram responsabilidade do governo no estabelecimento de políticas públicas para combater o problema.
O consultor do ministério do MMA e especialista em Planejamento Energético e Fontes Renováveis de Energia, Roberto Kishinami, fez uma palestra técnica aos jornalistas e defendeu que o Brasil também adote, internamente, o princípio das responsabilidades comuns porém diferenciadas. Estados do Norte, que não possuem o mesmo passivo ambiental que os estados do Sudeste, por exemplo, que reduziram a menos de 10% a Mata Atlântica, devem ser compensados por manter suas florestas em pé.
O presidente do Sindicato dos Jornalistas do DF, Romário Schettino, destacou o esforço do MMA em qualificar os profissionais de imprensa e também o empenho da pasta em dar continuidade a um dos mais importantes processos de democracia e participação popular na área ambiental. A fase preparatória da Conferência Nacional envolveu mais de 100 mil pessoas desde maio do ano passado.
Gerusa Barbosa
Assessoria de Comunicação
Ministério do Meio Ambiente
+55 61 3317-1227/1165
Fax:+55 61 3317-1997
Assessoria de Comunicação
Ministério do Meio Ambiente
+55 61 3317-1227/1165
Fax:+55 61 3317-1997
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pela visita. Todo comentário é moderado.
Palavrões,ofensas e assemelhados não são aceitos, assim como textos fora do contexto do post e/ou com link para outro site.