sábado, 10 de maio de 2008

Uma ferramenta para estimar as emissões corporativas de gases de efeito estufa

O Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, World Resources Institute - WRI, World Business Council for Sustainable Development - WBCSD e Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável - CEBDS, lança no dia 12 de maio o Programa Brasileiro de Inventário Corporativo de Gases de Efeito Estufa, com a metodologia do Greenhouse Gas Protocol
As grandes empresas brasileiras reconhecem as oportunidades de uma produção de baixo carbono e sabem que, para aproveitá-las, é preciso inovação tecnológica e cultural, mas não sem antes conhecer o perfil de suas emissões de gases de efeito estufa (GEE).
Em breve, elas terão à disposição a metodologia internacional mais usada por empresas para compreender, quantificar e gerenciar suas emissões – o Greenhouse Gas Protocol (GHG Protocol). A metodologia é o pilar do Programa Brasileiro ‘GHG Protocol’ de inventário corporativo de GEE, que o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (GVces), em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente, o World Resources Institute (WRI), o World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) e o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), lançam no dia 12 de maio, em Brasilia.
A iniciativa conta com o apoio financeiro da Embaixada Britânica e da agência de cooperação americana USAID. Participarao do evento de lancamento a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e altos dirigentes das instituições envolvidas e de empresas que aderirem ao programa.
O Programa Brasileiro ‘GHG Protocol’ tem como principal objetivo desenvolver a capacidade técnica e institucional para auxiliar o gerenciamento das emissões de gases de efeito estufa através da disseminação de metodologia de inventário dessas emissões e publicação dos dados correspondentes, bem como treinamento de empresas e organizações para sua utilização.
As empresas e instituições que aderirem ao Programa receberão apoio – metodologia e ferramentas customizadas – para desenvolver inventários de emissão e para elaborar relatórios. “O objetivo é criar no Brasil a cultura do inventário de emissões de GEE entre as empresas”, afirma Rachel Biderman, coordenadora-adjunta e responsável pelo programa de Mudanças Climáticas do Gvces.
Para Thelma Krug, Secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, o Programa GHG Protocol tem o apoio do MMA pois provê uma opção, para empresas e instituições públicas, para a elaboração voluntária de seus inventários de gases de efeito estufa, incluindo orientação técnica e assegurando a abrangência adequada para estimativa de emissões de forma completa, consistente e transparente.
Segundo Thelma, “o Programa provê também opções para o gerenciamento adequado das informações contidas nos inventários, permitindo com que os usuários implementem ações e medidas para reduzir as suas emissões líquidas de gases de efeito estufa”.
O GHG Protocol já é usado por algumas empresas nacionais, como Natura, Petrobras, Bradesco e Votorantim, e faz parte de programas semelhantes em outros países, como na Índia, China, México e Filipinas, em iniciativa realizada pelo WRI – World Resources Institute.
De acordo com Manish Bapna, Diretor do WRI, em Washington, D.C. : “Esse programa permitirá que o governo e as empresas construam as bases para a promoção da gestão dos gases de efeito estufa. Não é possível gerenciar, sem antes medir`.
O lançamento oficial em Brasília é a primeira etapa do Programa. Ao longo do projeto serão elaborados treinamentos para as empresas que aderirem à iniciativa sobre a aplicação da metodologia e elaboração de inventários que devem ser publicados ao final do projeto.
De acordo com a coordenadora da Câmara Técnica de Mudanças do Clima do CEBDS, Marina Grossi, as grandes empresas brasileiras reconhecem as oportunidades de uma economia de baixo carbono e sabem que, para aproveitá-las, é preciso inovação e governança. - Mas para isso é fundamental conhecer em detalhes a própria pegada quanto às emissões de gases de efeito estufa (GEE) - afirma Marina Grossi, explicando que o GHG Protocol é uma ferramenta internacional mais usada por empresas para compreender, quantificar e administrar as emissões.
As empresas que aderiram à iniciativa e são membros fundadores do Programa Brasileiro ‘GHG Protocol’ são: Anglo American, ArcelorMitall, Banco do Brasil, O Boticário, Bradesco, CNEC Engenharia, Copel, Natura, Nova Petroquímica, Petrobras, Sadia, Votorantim e Wal-Mart.
Informações Adicionais:
Lançamento Programa Brasileiro de Inventário Corporativo de Gases de Efeito Estufa
Local: Sede do IBAMASCEN Trecho 2, L4 NorteEdifício Sede - Bloco ABrasília - DF Dia 12 de maio, 9h – 12hs

Tatiana Weissberg
tatiana.weissberg@fgv.br
telefone: 11 – 3281-7926

Pablo Barros
telefone: 21 2483 - 2250
Sobre o GVces: Fundado há cinco anos, o Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVces) é uma iniciativa da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP) dedicada a disseminar o conceito de sustentabilidade. Com atuação nas áreas de pesquisa, capacitação e comunicação, o GVces busca oferecer respostas para que os agentes econômicos possam compreender e avaliar riscos e oportunidades associados ao desafio de incorporar as questões sociais e ambientais ao modelo de negócios. www.ces.fgvsp.br

Sobre o WRI: É uma organização não governamental sem fins lucrativos, cuja missão é proteger o meio ambiente e melhorar a condição de vida das pessoas. A organização tem grande experiência no desenvolvimento de projetos realizados em parceria com o WBCSD que adotam a metodologia GHG Protocol. É considerada um dos principais atores na formulação de conteúdo técnico e científico para embasamento da tomada de decisão no campo das negociações internacionais sobre mudança do clima.
www.wri.org

Sobre CEBDS e o WSBCSD: Fundado em 1997, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (
www.cebds.org.br) é o representante do setor empresarial que lidera um revolucionário processo de mudança: transformar o modelo econômico tradicional em novo paradigma. O conselho é uma coalizão dos maiores e mais expressivos grupos empresariais do Brasil. Com faturamento anual correspondente a 40% do PIB nacional, as empresas associadas geram juntas mais de 600 mil empregos diretos e um número mais expressivo ainda de empregos indiretos. O CEBDS é o representante brasileiro do World Business Council for Sustainable Development (www.wbcsd.org) que reúne 185 grupos multinacionais, que faturam anualmente US$ 6 trilhões e geram 11 milhões de empregos diretos. O WBCSD conta com uma rede de mais de 50 conselhos nacionais que estão trabalhando para disseminar uma nova maneira de fazer negócios ao redor do mundo.

Sobre o Ministério do Meio Ambiente (MMA): Órgão da administração pública federal brasileira que tem, entre outras competências, o desenvolvimento e implementação do Plano Nacional de Mudanças Climáticas.
www.mma.gov.br

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