quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Manter ação pró-Caatinga requer R$ 4,5 mi


Foto: Assessoria Geral de Comunicação Social do Governo da Bahia/Divulgação
Brasília, 23/01/2008

Esse é o montante necessário para equilibrar as contas de 175 instituições que implantam atividades de uso sustentável na região

SARAH FERNANDES
da PrimaPagina

As 175 instituições da Caatinga que estão aptas a receber recursos do maior financiador mundial de meio ambiente, o GEF (Fundo Global para o Meio Ambiente, na sigla em inglês), precisam de R$ 4,2 milhões a mais por ano do que obtêm atualmente. Trata-se de entidades que implantam projetos para uso sustentável dos recursos da região, como fábricas de licor ou de geléias.

O diagnostico é da Fundação Esquel, uma parceira do GEF e do PNUD no projeto Conservação e Uso Sustentável da Caatinga, que analisa mecanismos de financiamento de programas na região. “Assegurar ações de sustentabilidade requer, necessariamente, investimentos”, resume o presidente da fundação, Silvio Sant’Ana.

As demandas principais das instituições são por equipamentos mais modernos para as fábricas e por capacitação sobre manejo florestal a técnicos e membros das comunidades, segundo Sant'Ana.

O estudo, realizado entre 2006 e 2007, identificou 450 entidades que atuam nas sete áreas prioritárias do projeto: Xingó, Capivara e Confusões, Petrolina, Araripe, Cariri Paraibano, Seridó Paraibano e Ibiapaba, que abrangem todos os Estados do Nordeste, exceto o Maranhão.

Das 450, foram selecionadas aquelas que desenvolvem ações semelhantes às do projeto apoiado pelo PNUD, ligadas à conservação e ao uso sustentável da Caatinga: 230 no total. A pesquisa estimou que cerca de 75% delas estavam em situação jurídica regular para receber financiamento — o que resultou em 175 entidades aptas a receber financiamento.

O estudo então usou o caso das que não tiveram prejuízo para concluir que cada instituição precisa de R$ 120 mil por ano. Como são 175 instituições, ao todo seriam necessários R$ 21 milhões por ano — mas receberam apenas o equivalente a R$ 16,8 milhões em 12 meses. Ou seja, precisam de R$ 4,2 milhões a mais para equilibrar as contas.

O levantamento, segundo Sant'Ana, pode servir de argumento para as instituições pleitearem mais recursos a órgãos financiadores.

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