Mylena Fiori
Enviada especial
Acra (Gana) - Mesmo com a determinação do país de manter sem alterações o Tratado de Itaipu, não está descartado um eventual reajuste dos valores pagos ao Paraguai pela energia a que o país vizinho tem direito mas não usa. De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, isso já foi feito no passado, por defasagem de preços, e poderá se repetir.
“Vamos continuar discutindo com o Paraguai normalmente como ele pode obter uma remuneração adequada para sua energia. Isso é justo”, disse Amorim em Acra, onde participa de atividades da 12ª Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad). O tratado de Itaipu prevê que o excedente de um dos sócios deve ser vendido o outro pelo preço de custo.
Questionado se o país faria isso, mesmo em detrimento de interesses nacionais, Amorim afirmou que o mais importante é a harmonia entre os países da região. Ele frisou, no entanto, que o Brasil não cederá a chantagens. “Mas também não creio que vá haver isso. Vai haver uma atitude normal de conversa, de encontrar soluções para um país com o qual temos uma relação muito próxima”.
Durante a campanha para a presidência do Paraguai, o candidato vitorioso, Fernando Lugo, defendeu a retomada da soberania paraguaia sobre seus recursos naturais e prometeu pressionar os governos brasileiro e argentino pela revisão dos tratados das hidrelétricas binacionais de Itaipu e Yacireta.
“Vivemos uma época de mudanças na América do Sul e temos que encarar as mudanças como coisas positivas, nos adaptarmos e, eventualmente, em algumas dessas mudanças, não pensarmos que podemos manter uma paz dos cemitérios”, comentou Amorim sobre a eleição de Lugo.
O ministro defendeu ajuda brasileira ao parceiro do Mercosul e citou como exemplo as tratativas para construção de uma linha de transmissão de Itaipu a Assunção, de forma a permitir maior acesso dos paraguaios aos 50% da energia de Itaipu a que têm direito por contrato.
Enviada especial
Acra (Gana) - Mesmo com a determinação do país de manter sem alterações o Tratado de Itaipu, não está descartado um eventual reajuste dos valores pagos ao Paraguai pela energia a que o país vizinho tem direito mas não usa. De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, isso já foi feito no passado, por defasagem de preços, e poderá se repetir.
“Vamos continuar discutindo com o Paraguai normalmente como ele pode obter uma remuneração adequada para sua energia. Isso é justo”, disse Amorim em Acra, onde participa de atividades da 12ª Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad). O tratado de Itaipu prevê que o excedente de um dos sócios deve ser vendido o outro pelo preço de custo.
Questionado se o país faria isso, mesmo em detrimento de interesses nacionais, Amorim afirmou que o mais importante é a harmonia entre os países da região. Ele frisou, no entanto, que o Brasil não cederá a chantagens. “Mas também não creio que vá haver isso. Vai haver uma atitude normal de conversa, de encontrar soluções para um país com o qual temos uma relação muito próxima”.
Durante a campanha para a presidência do Paraguai, o candidato vitorioso, Fernando Lugo, defendeu a retomada da soberania paraguaia sobre seus recursos naturais e prometeu pressionar os governos brasileiro e argentino pela revisão dos tratados das hidrelétricas binacionais de Itaipu e Yacireta.
“Vivemos uma época de mudanças na América do Sul e temos que encarar as mudanças como coisas positivas, nos adaptarmos e, eventualmente, em algumas dessas mudanças, não pensarmos que podemos manter uma paz dos cemitérios”, comentou Amorim sobre a eleição de Lugo.
O ministro defendeu ajuda brasileira ao parceiro do Mercosul e citou como exemplo as tratativas para construção de uma linha de transmissão de Itaipu a Assunção, de forma a permitir maior acesso dos paraguaios aos 50% da energia de Itaipu a que têm direito por contrato.
“E um absurdo que o Paraguai sendo sócio da maior hidrelétrica do mundo, a energia em Assunção seja ruim, nao dê para ter uma indústria baseada em energia. Então vamos ajudá-lo a fazer linhas de transmissão importantes, quem sabe com isso podem até ter uma indústria intensiva de energia. Esse é o bom caminho para o Paraguai. É nossa responsabilidade ajudar os países mais pobres da nossa região”.
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